Surgimento do Ponto Cruz em Buriti dos Lopes %e2%80%93 a Cidade do Bordado
Publicado por Gildazio em 10 março 2011
No início da quarta década do século XX, no ano de 1940, Eulina Escórcio Alexandrino (1901 – 1978), filha do Capitão Jonas Escórcio de Alexandrino e Ana Rosa Escórcio Alexandrino, Dona Lili como era carinhosamente chamada, deu início aos trabalhos com o artesanato em Ponto de Cruz que até então era novidade na cidade.
A estimada Eulina, estudou no Colégio das Irmãs em Parnaíba, e lá se dedicou também na música e piano, aos 10 anos de idade ganhou de seu carinhoso pai um valioso piano da marca Dorner importado da Alemanha e com ele promovia encontros musicais, eram os saraus, e com a participação do Maestro Leocádio Galdino do Nascimento, também buritiense, se aprimorou na arte musical, contribuindo nas missas da Matriz tocava no piano da Igreja acompanhando as cantoras do coral.
Dona Lili gostava muito de viajar para o Rio de Janeiro, e numa dessas viagens teve contato com as revistas que mostrava como fazer o Ponto de Cruz, através dessas revistas ela aprendeu o bordado, depois de dominar a arte resolveu trazê-la para ensinar às jovens de sua cidade, as aulas aconteciam em sua própria residência, que ficava situada na Avenida Jonas Escórcio, nº 256 (atualmente, Solar dos Escórcio). As turmas eram formadas com moças na faixa etária dos 10 aos 17 anos para transmitir o Ponto de Cruz. A partir do momento em que aprendiam passavam a produzir e eram remuneradas, as peças confeccionadas eram variadas, como lençol de casal e solteiro, toalhas de banquetes, toalhas de lavabo, etc, que eram levadas e vendidas em Parnaíba, Fortaleza e Rio de Janeiro. Hoje em nossa cidade existe uma associação organizada que em reconhecimento e gratidão ao pioneirismo de nossa personagem, resolveram homenageá-la nomeando de Associação Lili Escórcio.
Texto adaptado, original – Homenagem a Lili Escórcio (Solar dos Escórcio) – Edição: Prof. Gildazio e Neném Calixto
PARABÉNS.
Gostei muito de saber um pouco das inumeras personagens que ajudaram no desenvolvimento da nossa cidade.
Eu particularmente acompanho essas benditas bordadeiras que são pouco valorizadas em nossa cidade, mas com o apoio do SEBRAE E DO TALENTOS DO BRASIL – MDA, já tiveram seus bordados levado por todo o Brasil e em outros países como FRANÇA e ALEMANHA.
Eles participam anualmente das maiores feiras de artesanato do país, que são realizadas em São Paulo, Minas Gerais, Paraíba e Brasília.
Levando o nome e a historia de nossa cidade.
Eu sou muito fã da historia delas.
Muito boa esta!!! sou fã de carterinha delas inclusive trabalhei na construção da sede da associação como voluntário, em mutirão, com os maridos e filhos das integrantes da Associação das Bordadeiras Lili Escórcio, quantas vezes atrapalhei as “contagens” da mamãe pra tirar duvida da escola. Sou testemunho que o trabalho das bordadeiras aqui na cidade é considerado um dos melhores do Brasil, inclusive a rainha Sofia da Espanha ficou encantada com a qualidade do bordado, tanto que fez uma grande encomenda na época. é esta Lili Escórcio realmente era uma mulher a frente do seu tempo!!!
Eu ouço esse nome desde a minha infância. A mamãe fazia parte tanto das moças do bordado quanto do coral da igreja. Incluse, ela comenta muito do tempo em que cantavam em latim. Ah, se existisse máquina do tempo!
Que tal falar sobre a época dos “Dramas” em Buriti?
Quem sabe uma foto?!!
Parabéns pela bela reportagem sobre a Lili Escórcio que fez surgir o Ponto de Cruz no Buraite e assim ensinar a tantas moças da época a arte do bordado,e hoje muitas dessas moças ganham a vida com seus trabalhos manuais e que fazem sucesso não só no Buraite como em outros estados e até fora do Brasil. Minha mãe foi uma dessas moças que aprendeu tudo de melhor com dona Lili Escórcio.
FUI GRANDE AMIGO DE LILI,CONHECIA MUITO SUA TRAGETORIA,ABÇ
Lendo sobre Lili Escórcio não tenho dúvidas de que era de minha parentela. Minha vó, Zilda Escórcio (1900-1979) também era de Buriti dos Lopes, tinha uma irmã chamada Cora.Ela foi para Panaíba e ali constituiu família. Sei pouco sobre a família Escórcio dos Buriti dos Lopes, mas lembro que minha vó sempre falava de lá. Lembro que minha mãe, ainda viva, mas com 87 anos, fala que muitos de parentes tocavam instrumentos e faziam reuniões para isso. Se alguém quiser me informar sobre os Escórcios de Buriti dos lopes, agradeço.
De ontem para hoje fui atrás de uma informação sobre a família Escórcio em Buriti dos Lopes. Realmente, Lili Escórcio era prima legítima de minha vó, Zilda. Quem me passou essa informção foi minha tia Alzenira. Disse que ainda hoje em Buriti moram muitos Escórcio.
Quem sabe um dia eu vou dar uma passadinha por aí, para conhecer a terra da minha parentela e conhecer esse belo trabalho.
Minha mãe que foi mais criada pelo seus avós dizia que os Escórcios eram portugueses, mas descentendes de outro povo. Na internet eu vi que os Escórcio são os Drummont da Escócia, que em Portugal passaram a ser cahamados de Escócio, Escórcio.
Um abraço a toda parentela.
Foi um prazer conhecer a história de uma pessoa com o mesmo sobrenome que o meu.
Mais infelizmente não sei se tem algum parentesco.