Nesse mês de setembro, estive no Brejo Buritis na companhia do pesquisador e historiador buritiense o Sr. Neném Calixto e do amigo graduando em biologia da UAPI do Pólo de Buriti dos Lopes o jovem Cristiano Costa, em uma pesquisa de campo para reconhecimento da área do Brejo que servirá de base para minha monografia sobre preservação e educação ambiental com a conscientização dos alunos nas aulas de ciências da rede pública municipal do colégio CIEF, que fica localizado às margens do Riacho Buritis.

     Ao adentrarmos no Brejo, olhei logo para a copa dos buritizais pois estava intrigado porque não vi arranjos ou ornamentações com o fruto nas festividades em comemoração de aniversário da cidade de Buriti, e constatei ali que só algumas palmeiras estavam floradas e a maioria nem flores tinham, vi também que outras palmeira estavam caídas e mortas. Nosso percurso era no local por onde havia o leito do riacho, isso sem encontrar a presença de água, após uma boa caminhada chegamos em uma espécie de buraco ou poça onde existia alguns animais tentando beber, e vi que na lama algo se debatia, logo peguei um graveto e fui verificar no que me surpreendi, descobri que várias espécies de peixes estavam morrendo por que o local estava secando, registramos ali por perto a presença de uma ave rara o urubu rei, acredito que os peixes mortos estavam servindo de refeição para eles.

     Naquela pesquisa entendi que mais do que nunca precisamos lutar pela preservação do nosso brejo, se não quisermos que ele fique apenas na nossa lembrança e os buritizais na história e na letra do nosso hino.

TEXTO: Antônio Carlos Carvalho