Boas Maneiras
O título acima nos leva a pensar que é assunto de criança, mas fazendo uma reflexão da vida logo se percebe que o homem é um ser social, diariamente estamos nos relacionando seja com amigos, colegas de trabalho ou familiares, a maneira que lidamos com as pessoas mostra como dominamos a arte dos relacionamentos interpessoais indispensáveis a qualquer instituição, sendo a família a maior instituição constituída por Deus.
Quando vamos às compras, ao lazer, a reunião com colegas e familiares, será que estamos sendo bem tratados, ou melhor, estamos tratando bem as pessoas com sinceridade? Ou descarregamos nelas nossas frustações e ansiedades?
Talvez você diga; com meus amigos eu sou gente boa! Certo, mas minha pergunta é: E com o seu conjugue, filhos e irmãos, temos sido gente boa? Uma vez uma pessoa já disse que é mais fácil termos boas maneiras com os de fora que com os de dentro.
Boas maneiras começam em casa!
A formação não torna uma pessoa educada, mas o conjunto de informações associadas às boas maneiras sim.
Veja a historia baixo que reforça este principio:
A cansada ex-professora se aproximou do balcão do supermercado. Sua perna esquerda doía e ela esperava ter tomado todos os comprimidos do dia: para pressão alta, tonteira e um grande número de outras enfermidades.
“Graças a Deus eu me aposentei há vários anos” – ela pensou. “Não tenho energia para ensinar hoje em dia.” Imediatamente antes de se formar a fila para o balcão, ela viu um rapaz com quatro crianças e uma esposa, ou namorada, grávida. A professora não pôde deixar de notar a tatuagem em seu pescoço.
“Ele esteve preso” – pensou.
Continuou a observá-lo. Sua camiseta branca, cabelo raspado e calças largas levaram-na a conjecturar:
“Ele é membro de uma gangue.”
A professora tentou deixar o homem passar na sua frente. – Você pode ir primeiro – ofereceu.
– Não, a senhora primeiro – ele insistiu.
– Não, você está com mais gente – disse a professora.
– Devemos respeitar os mais velhos – defendeu-se o homem.
E, com isto, fez um gesto largo indicando o caminho para a mulher.
Um breve sorriso surgiu em seus lábios enquanto ela mancou na frente dele. A professora que existia dentro dela não pôde desperdiçar o momento e, virando-se para ele, perguntou:
– Quem lhe ensinou boas maneiras?
– A senhora, Sra. Simpson, na terceira série.
(Paul Karrer, adaptado por Cristiano)