A literatura de cordel no Brasil.

             Nossa literatura de cordel é caracterizada, principalmente, pela poesia popular. A prosa aparece muito mais na forma oral, que passa de geração para geração. Como é uma manifestação muito mais cultural do que intelectual, destaca-se em regiões onde a cultura é mais valorizada e delineada. Aqui no Brasil essas regiões são a Nordeste e a Sul. Devido ao atraso da chegada da imprensa por aqui e seu acesso pelo público, as produções literárias de populares tiveram seu apogeu apenas no século XX.
            Pingo de Gente no dia 29 de Junho, fechou o primeiro semestre do ano com chave de ouro, literalmente!

             Os alunos do 5° ano do ensino fundamental fizeram um livro, com a Literatura em Cordel que foi introduzida com a presença dos alunos, pais e mestres. A professora Rose Carla organizadora desde evento, está de parabéns pela idealização que tornou-se realidade!

           Existem leis de incentivo à cultura em muitos municípios e estados do Brasil que abrem espaço também para o cordel, no entanto ainda é muito pouco, tendo em vista a demanda de autores e principalmente considerando-se a importância histórica da poesia popular. Fora isso os alunos autores de cordel se submetem a fazer magníficos projetos de tão grande importância para nós.
 

 Os autores da poesia popular brasileira:

Meu avô, uma pessoa que tem amor

Amigos vou falar

de quem gosto de amar

quem tem um enorme coração

esta pessoa eu cito

é o meu querido avô cheio de emoção

Nasceu lá em Curitiba

no município de Magalhães

quando completou sete anos

foi para Parnaíba

lá começou o primário

a sua grande partida

estudou no Leônidas Melo

lá terminou o primário sem notas ruins

no ano de 73 amado, mais nunca

largou as letras, ficou encantado

escreveu sobre a lagoa do Buriti

que ficou gravado para mim e para ti

Neste ano de 2012

Conforme seus documentos

Completou 60 anos

De vida e existência e enfrentamentos

17 no interior enfrentou

E 43 da cidade que sua referida

Ele é uma pessoa querida

E muito amada

Parece até um cavaleiro

Com sua espada.

Cordel da Família

A história que vou contar

é cheia de emoção,

dois jovens se conheceram

e logo nasceu uma grande paixão!

Depois de dois anos de namoro

resolveram se casar!

E assim para sempre

suas vidas entrelaçar!

Um ano de casamento se passou

E o primeiro filho chegou

pra completar a alegria que já existia

naquela bonita família.

Onze anos se passaram

com apenas um herdeiro

que pedia um irmão

para ser seu companheiro.

Assim, nasceu naquela moradia

uma linda menininha

que a todos encantou

com seu lindo xô-rô-rô.

A vida tranquila passava naquela humilde casa

sem saber o que Deus lhes daria

para completar a felicidade que lá já existia.

Foi assim que o terceiro filho chegou

e o que já era bom, melhor ainda ficou

quando aquela pequena criança

naquele lar aprontou.

Quando o caçula chegou

aquela casa animou

e de filho bastaria

pois a família se completou.

A história aqui narrada

é muito verdadeira

aqui, nada é brincadeira

e isso posso provar.

Pois, dessa família

sou a segunda filha

que nasceu desse par

e isso posso provar.

Meu nome é Ana Rita e posso lhe assegurar

eu firmo e dou testemunho

que a coisa melhor do mundo

é ter irmão, mãe e pai pra gente amar.

Vó Vitória, Guerreira.

Esta pessoa é conhecida

Por todos lá em casa

Nunca estudou na escola

Mas é muito educada

Sua infância foi sofrida

De brinquedos e brincadeiras nem pensar

Desde cedo começou a trabalhar

Filha de Raimunda Nonata

E de Antonio Maltide

A mãe cuidando de casa

E Antônio cuidando do gado

Nasceu em 13 de outubro

Data de Santa Aparecida

Também mês das crianças

Uma data querida

Cuidou do Velho

Cuidou do jovem

Dos netos de sua patroa

Sempre com dedicação

E amor no coração

Tenho tanto agradecer

Pelo carinho e dedicação

E trago aqui no peito

Amor e gratidão

Cordel da Família

Meu pai se chama Cristovão

Minha mãe Iana Maria

Quando se conheceram

Não esperavam se formar em Biologia

Sete anos se passaram

E então se casaram

No ano seguinte, pra alegria

Nasce o primeiro filho que seria

A alegria da família

Minha mãe é inteligente e gosta de estudar

Meu pai copia ela e também não quer parar

Ela também trabalha muito.

Mas não deixa de me ajudar

E sempre que tenho tarefa ela pede pra olhar

Eu sou Igor Gabriel, meu irmão Italo Henrique

As vezes tem ciúmes que até dar chilique

Sou o filho mais novo

Nem por isso sou dengoso

Sou muito responsável

Também estudioso

A família é muito importante

E ainda mais quando se é grande

Minhas avós e meu avô

Cuidam de mim como um diamante

Por isso amo a todos

E sou muito feliz por isso

Só não posso esquecer

De agradecer a Deus por isso.

O cordelismo de minha vida

Nasci em Buriti dos Lopes, dia

4 de julho de 2002, filha de Maria

Fernanda Carvalho e Francisco José

Portela da Silva.

Aos 1 ano de idade eu era

Forte, atentada e alegre

Vinha do interior

Vinha de lá toda sorridente e contente

Vivia muito feliz, fazia coisas com papel

Que logo ali eu via e brincava com a galera

Em julho de 2004 eu completei 2 anos

Fizeram uma festa

Mais quando olhei aquelas pessoas

Fiquei toda contente e sorridente

Estava toda feliz

Porque todos me desejaram um feliz parabéns

Mas agradaram minha festa

Meus queridos amigos.

Aos três anos de idade

Eu fui para a escola

Aprender a lição que os professores

Ensinam com tanto amor no seu coração

Mas todos me fizeram bem

Com o coração bom que eles têm

E com todos eles ali

Aos quatro anos de idade

Foi o meu segundo desfile

Mas estavam tão alegre

 Que até me esqueci

Da emoção

Da comemoração do querido Buriti

Com seis anos de idade

Foi o meu primeiro, passei na praia

Mas lá em me diverti que até me

Esqueci daquele dia feliz que até uma grande amizade

Com 7 anos foi a comemoração do aniversário

Da cidade, pois foi comemorada

Com o desfile espetacular

Um desfile de arrebentar

Quando tinha oito, fizemos

Uma festa para comemorar um

O cordelismo de minha vida

Nasci em Buriti dos Lopes, dia

4 de julho de 2002, filha de Maria

Fernanda Carvalho e Francisco José

Portela da Silva.

Aos 1 ano de idade eu era

Forte, atentada e alegre

Vinha do interior

Vinha de lá toda sorridente e contente

Vivia muito feliz, fazia coisas com papel

Que logo ali eu via e brincava com a galera

Em julho de 2004 eu completei 2 anos

Fizeram uma festa

Mais quando olhei aquelas pessoas

Fiquei toda contente e sorridente

Estava toda feliz

Porque todos me desejaram um feliz parabéns

Mas agradaram minha festa

Meus queridos amigos.

Aos três anos de idade

Eu fui para a escola

Aprender a lição que os professores

Ensinam com tanto amor no seu coração

Mas todos me fizeram bem

Com o coração bom que eles têm

E com todos eles ali

Aos quatro anos de idade

Foi o meu segundo desfile

Mas estavam tão alegre

 Que até me esqueci

Da emoção

Da comemoração do querido Buriti

Com seis anos de idade

Foi o meu primeiro, passei na praia

Mas lá em me diverti que até me

Esqueci daquele dia feliz que até uma grande amizade

Com 7 anos foi a comemoração do aniversário

Da cidade, pois foi comemorada

Com o desfile espetacular

Um desfile de arrebentar

Quando tinha oito, fizemos

Uma festa para comemorar um

O cordelismo de minha vida

Nasci em Buriti dos Lopes, dia

4 de julho de 2002, filha de Maria

Fernanda Carvalho e Francisco José

Portela da Silva.

Aos 1 ano de idade eu era

Forte, atentada e alegre

Vinha do interior

Vinha de lá toda sorridente e contente

Vivia muito feliz, fazia coisas com papel

Que logo ali eu via e brincava com a galera

Em julho de 2004 eu completei 2 anos

Fizeram uma festa

Mais quando olhei aquelas pessoas

Fiquei toda contente e sorridente

Estava toda feliz

Porque todos me desejaram um feliz parabéns

Mas agradaram minha festa

Meus queridos amigos.

Aos três anos de idade

Eu fui para a escola

Aprender a lição que os professores

Ensinam com tanto amor no seu coração

Mas todos me fizeram bem

Com o coração bom que eles têm

E com todos eles ali

Aos quatro anos de idade

Foi o meu segundo desfile

Mas estavam tão alegre

 Que até me esqueci

Da emoção

Da comemoração do querido Buriti

Com seis anos de idade

Foi o meu primeiro, passei na praia

Mas lá em me diverti que até me

Esqueci daquele dia feliz que até uma grande amizade

Com 7 anos foi a comemoração do aniversário

Da cidade, pois foi comemorada

Com o desfile espetacular

Um desfile de arrebentar

Quando tinha oito, fizemos

Uma festa para comemorar um

Feliz dia das mães

Quais todas as mães choraram

Com as apresentações, pois teve

Música da Paula Fernandes uma cantora espetacular

Com nove anos o nosso ano de quadrilha

Foi de arrebentar quem não parava

De continuar, pois foi assim que

Nos mãos conseguimos parar

Minha mãe

Quando nasceu era

Saudável porque sempre

Ia à doutora e quando

Cresceu quis ser locutora

Na sua adolescência

Conheceu o jovem Cory

Que era uma galã com

O passar do tempo ela

Virou a sua fã

E teve seu

Primeiro filho

Que cresceu rapidamente

E ficou lindo demais

Para a visão da gente

Depois teve Lara

Que andava sempre

Arrumadinha e agora

Que cresceu virou uma

Grande mocinha

Teve Cauã que

É menino feliz

E tudo que as palhaças

Fazem ele pede bis.

Vovó Francisca

Vovó Francisca nasceu

No dia da mulher e só

Toma sopa na colher

Não teve infância

Pois sofria as

Circunstâncias

Teve filhos muito

Cedo, pois não

Tinha medo

Ela era guerreira

Pois não tomava

Banho de banheira

Seus netos começaram

A nascer e a lua

A crescer

Hoje é uma doce

Senhora pois foi

A escola

Mamãe

Vou contar uma história

Para gravar na

Cachola a história

De Eremilda uma

Mulher vitoriosa

Ela nasceu no

Interior com

Muita graça e

louvor

Como a vida

Antigamente era

Difícil de viver

Nada a impediu

De lutar e lutar

Para valer

Com 25 anos Eremilda

E João se amavam

Mas o velho pai

Da moça com isso

Não concordava

Depois se casou e

Tiveram 2 filhas

Com amor e fidelidade

Conceição e a vida

Quando nasceu sua

Mãe dizia de tanta

Alegria pobre no

interiorzinho tristeza sempre sentia

Depois nasceu seus

Dez irmãos ai, adeus solidão

Sua mãe era professora

Quase diretora

Já grande foi ao Buriti ver seus

Avós e curtir

Ficou na casa de seus avós

Sentiu um amor sem fim

Por Savio assim

Depois de alguns anos

Sua filha nasceu

Com tanta alegria e cresceu

Quando apenas três anos se passaram

Uma tragédia aconteceu

Sávio morreu

Choromingondo solidão

Sem seu amor tanta angústia

E muita paixão

Depois de muitos anos

Viu um homem cobrador

Se apaixonou e assim ficou

Com aquele homem casou-se

E a segunda filha criou

Hoje sua família é feliz

E assim a vida se segue

Pois está dotada de muito amor

Educandário Pingo de Gente

Pingo de Gente é uma escola que atrai

Muitas pessoas como, meu pai que me matriculou

Aqui porque sabe que é muito boa

E lá até o tempo voa

O prédio que funciona, logo é muito atraente

O material didático escolhido

Como sempre para atender toda gente

E seus alunos que são bons e inteligentes

Há, eu me divirto muito

Pois tem muitas brincadeiras,

Conteúdos educacionais sempre atualizados

Que fortalece intelectualmente o aprendizado

Seus professores competentes com

Toda dedicação, preparam suas

Aulas e contam, com a participação

Dos diretores preparados com o seu

Aprendizado e compreensão

Cangaço um movimento social

O cangaço tem as lembranças de

Traços, laços e abraços

O cangaço traz alegria

Como as pessoas que dali

Dizia

Quem nasce no sertão

Sabe explicar essa

Emoção

Os cantos de Luiz Gonzaga

Hoje é lembrança, pois traz

Esperanças

Meu Nordeste tem

O cordel pois é doce como

O mel

Tenho orgulho de

Ser nordestina

Pois aqui ainda

Sou menina

O forró agita o corpo

Pois o swing é gostoso

E amoroso

Meu avô e seu cangaço

É isso que faço .

Agradecimentos dos alunos autores:

            Agradecemos em primeiro lugar a nossa escola Educandário Pingo de Gente, por garantir um ensino de qualidade, agradecemos também a nossa família pelo apoio e incentivo dessa jornada de sucesso, em especial a Tia Rose Carla por nos ajudar a garantir uma aprendizagem significativa e prazerosa.
FIM.

O mundo parece ser feito apenas de coisas que a gente vê nele. Mas há outras que não vemos, embora existam. São as coisas que lemos.

(J. Borges).