Sempre que saímos de nosso ambiente natural, ou seja, aquele primeiro ambiente que nos aconchegou ao nascer, nos acolheu com sua claridade reluzente sentimos uma necessidade imensa de um dia a ele retornar. Pode-se percorrer o mundo, viajar para lugares inimagináveis, sentir o aroma de outros caminhos, outras flores, habitar universos desconhecidos, porém todos têm em comum a ânsia de um dia retornar para o lugar de onde veio, aquele lugar, não pode ser outro, tem que ser simplesmente àquele lugar…
Porque será que os seres humanos sentem uma necessidade enorme do regresso ao lar? Deve ser porque foi naquele primeiro ambiente que avistamos à vida, sentimos e reconhecemos o cheiro da terra, vimos pela primeira vez o nascer e o por do sol, nos apresentaram a lua e demais corpos celestes , conhecemos a transparência da água, o verde das primeiras folhas de inverno, o colorido radiante das flores, a beleza da natureza no campo ou o barulho dos transportes na cidade, olhando curioso para cada centímetro de mundo e de vida que ofusca nossos olhos e sempre atento é claro, ao perfume aconchegante e encantador de nossa mãe, mulher maravilhosa que nos dá o prazer de ser nosso primeiro grande amor, que com sua voz doce embala nosso sono, nos acaricia, nos afaga, sussurra ao ouvido e sentimos o maior calor do mundo.
O tempo passa, a vida continua e o ser humano cresce, tem pressa de ser adulto, de andar com suas próprias pernas, percorrer seus próprios caminhos e nesta vida atribulada pensa esquecer um pouco de suas raízes e do quanto era feliz na sua primeira moradia. Porém, nos seus poucos momentos de olhar perdido, de descanso na face, a mente insiste em parar um pouco e agraciar seu coração, regressando ao lugar de onde veio, buscando as mais remotas e profundas lembranças escondidas em seu íntimo, que pode ser o cheiro do café da casa dos avós, a voz grave do pai, as brigas com os irmãos e os momentos de lazer com os primos ou vizinhos, àquelas brincadeiras onde o tempo se perdia e parecia não ter fim porque quando se é criança se vive intensamente o que se tem, o presente precioso.
E quando se constrói a vida , outros amores e as conquistas vêm, todos clamam em um mesmo tom e único desejo, voltar aos tempos de outrora e buscar aquilo que se perdeu, um retorno às origens, como a compra do terreno ou casa onde os pais residiam e os sonhos se realizavam, à volta à cidade onde se morou ou a um lugar parecido com aquele cenário da juventude; todos os lugarejos mais escondidos que possam existir, mas que continuam visíveis na mente, na consciência de cada pessoa que deseja ardentemente à volta ao lar.
Quantos conterrâneos residentes em outras cidades, outros países estarão sentindo saudades de Buriti dos Lopes, do seu calor, do seu povo aconchegante, dos cultos e missas de domingo, de ver a vida passar sentado nos bancos das praças, dos banhos na Lagoa Grande de Buriti e da colheita de frutos ao ar livre, da caminhada à Barra do Longá, dos festejos e festas de fim de ano, percebendo claramente que lembrar é viver novamente e como diz a canção “de volta pro meu aconchego”, ter a alegria de poder mergulhar na felicidade sem fim.
10 Replies para “A Necessidade do Regresso para Reviver as Origens”
Queria aqui agradecer a autora por essa pérola, morar distante há muitos anos é sentir exatamente os sentimentos e sensações retratados no texto. Obrigado Francisca, sua descrição me encheu ainda mais de saudade de Buriti dos Lopes. Agradeço também ao Portal por nos presentear com conteúdos tão raros em outros sites ou blogs que sempre preocupam-se com o sensacionalismo ou o puxasaquismo.
com olhos cheios de lágrimas, parece que eu estou ali falando tudo aquilo, tudo o que sinto e penso.Sentimentos que não consigo expressar com palavras, mas que Francisca Santos assim o fez.PARABÉNS!!!
Parabéns p/ lindo texto Francisca só kem ta longe é q/ sabe a saudade q/ tem de seus familiares e kem aki fica a saudade é maior ainda e a preocupação nem se fala,mas fazer o kê se os jovens profissionais da terra ñ são valorizados enquanto ñ acabar com a politicagem ningém valoriza seu meio irmão tudo só gira em torno da politica.O q/ fazer?Só resta sair de seu acochego ou abitat natural e ir de encontro a terra desconhecida,enquanto outros vem ocupar o lugar q/ deveria ser dos filhos da terra,trazem pessoas p/ ocupar vagas de trabalho enquanto os filhos buritienses tão air se aventurando e ficam aguardando um dia retornarem a sua terra natal com esperança de dias melhores.Mas assim caminha a humanidade,e um dia algém deixa a politicagem de mão e realmente valorize os profissionais da terra air sim podemos dizer ¨Buriti nós te amamos.¨
Essa palavras só aumenta minha saudade,por meu aconchego é minha musica preferida,pois ela me fala da necessidade de voltar para minha terra,por meu buriti pra minha família
A ligação que se tem com a cidade natal é semelhante a do filho com o ventre da mãe. E quando se é obrigado a sair desta cidade, deve ser como um aborto involuntário. Aquele em que a mãe não é cupada. Porém, um aborto necessário para que o filho da terra sobreviva.
PARABÉNS,p/ matéria muita emocionante mas como a Irislanda e o redimiro Junior comentou é verdade os filhos se vão p/ outros virem assumir lugar q/ deveria ser seu,sabe porkê? O ¨homem¨só vive de politicagem e ajudar seus irmãos q/ é bom nada,se tu vota ta, se ñ ja sabe,eskece seus valores,seu profissionalismo e nem pensa q/ outras eleições virão.Preferem outros profissionais q/ as vezes nem são tão bons como os da cidade e q/ tbm nem votam aki,só por causa da maldita politica .E como dizer ¨Buriti nós te amamos¨ se ñ dão oportunidades p/ seus conterraneos mostrar o seu trabaLHO?
Q lindo…parabéns Francisca.ótima autora.Devia escrever livros viu.
Parabéns pelo belo texto, Francisca. É exatamente esse o sentimento quando se está distante.
Queria aqui agradecer a autora por essa pérola, morar distante há muitos anos é sentir exatamente os sentimentos e sensações retratados no texto. Obrigado Francisca, sua descrição me encheu ainda mais de saudade de Buriti dos Lopes. Agradeço também ao Portal por nos presentear com conteúdos tão raros em outros sites ou blogs que sempre preocupam-se com o sensacionalismo ou o puxasaquismo.
Palmas-TO
VOCÊ É NOTA MIL,VALEU PELO TEXTO
com olhos cheios de lágrimas, parece que eu estou ali falando tudo aquilo, tudo o que sinto e penso.Sentimentos que não consigo expressar com palavras, mas que Francisca Santos assim o fez.PARABÉNS!!!
Parabéns p/ lindo texto Francisca só kem ta longe é q/ sabe a saudade q/ tem de seus familiares e kem aki fica a saudade é maior ainda e a preocupação nem se fala,mas fazer o kê se os jovens profissionais da terra ñ são valorizados enquanto ñ acabar com a politicagem ningém valoriza seu meio irmão tudo só gira em torno da politica.O q/ fazer?Só resta sair de seu acochego ou abitat natural e ir de encontro a terra desconhecida,enquanto outros vem ocupar o lugar q/ deveria ser dos filhos da terra,trazem pessoas p/ ocupar vagas de trabalho enquanto os filhos buritienses tão air se aventurando e ficam aguardando um dia retornarem a sua terra natal com esperança de dias melhores.Mas assim caminha a humanidade,e um dia algém deixa a politicagem de mão e realmente valorize os profissionais da terra air sim podemos dizer ¨Buriti nós te amamos.¨
Essa palavras só aumenta minha saudade,por meu aconchego é minha musica preferida,pois ela me fala da necessidade de voltar para minha terra,por meu buriti pra minha família
A ligação que se tem com a cidade natal é semelhante a do filho com o ventre da mãe. E quando se é obrigado a sair desta cidade, deve ser como um aborto involuntário. Aquele em que a mãe não é cupada. Porém, um aborto necessário para que o filho da terra sobreviva.
Parabéns colega pelo Texto. Só uma pessoa iluminada pode produzí-lo.
PARABÉNS,p/ matéria muita emocionante mas como a Irislanda e o redimiro Junior comentou é verdade os filhos se vão p/ outros virem assumir lugar q/ deveria ser seu,sabe porkê? O ¨homem¨só vive de politicagem e ajudar seus irmãos q/ é bom nada,se tu vota ta, se ñ ja sabe,eskece seus valores,seu profissionalismo e nem pensa q/ outras eleições virão.Preferem outros profissionais q/ as vezes nem são tão bons como os da cidade e q/ tbm nem votam aki,só por causa da maldita politica .E como dizer ¨Buriti nós te amamos¨ se ñ dão oportunidades p/ seus conterraneos mostrar o seu trabaLHO?