O Poder da Imprensa

Publicado por Gildazio em 25 maio 2016

     Imparcialidade por qualquer governo no Brasil parece até propaganda a mais para se divulgar o nome de uma empresa, uma corporação, um grupo, pois o papel que a imprensa exerce tem deixado de lado toda a pretensão somente com a verdade dos fatos para promover as intenções e as ideologias mais superficiais possíveis.

     Há diversas formas de se criticar, de direcionar uma argumentação, de encabeçar uma luta em nome supostamente de uma maioria. Falar por si mesmo, mas se utilizando de uma fala supostamente de um todo, aliado ao poder que exercem na mídia, tem feito os grupos de imprensa tomar para si a responsabilidade de um papel que é de todos.

     Exemplos de tudo isso podem ser comprovados principalmente agora pela antecipação aos fatos. Quando a grande mídia noticiou a derrocada do Governo Dilma e as operações contra a corrupção do Governo PT e de seus aliados, os jornalistas e críticos quase sempre têm o mesmo fim em seus comentários e reportagens, o que faz , às vezes, as pessoas olharem para os jornais e títulos de reportagens e proferirem discursos tais como: “de novo”, “só besteira, agora o jornal só fala disso”, “a Dilma tá assim, tá assada”( para não dizer um palavrão), “bando de covardes”, “tudo farinha do mesmo saco”. Dessa forma, é preciso que os jornais estendam a todos a insatisfação com a política, os benefícios que os políticos têm, as manobras que a legislação permite, mesmo que para isso tomem partido, o que, como em algumas democracias mais sólidas como os EUA, já é uma prática.

     No entanto, é necessário esperar um pouco mais para, por exemplo, se perceber que a grande mídia tenha a mesma postura com o governo TEMER. As propostas do novo governo estão escritas, publicadas e esperando que sejam cumpridas e cabe aos jornalistas e cientistas políticos esmiunçarem para a população, já que assumem uma postura crítica e por isso mesmo devem ser cobrados.

     O novo governo, ao anunciar o NOVO ministério ainda não foi questionado sobre alguns nomes serem investigados por possíveis crimes revelados por delatores na operação LAVA JATO. Quando for, e se for, uma resposta virá como praxe: “tomaremos as medidas adequadas ao final das investigações e qualquer comprovação tomaremos as atitudes cabíveis, até lá permaneceremos como estamos”. Respostas como estas povoam o imaginário político. Os jornalistas praticamente têm as mesmas perguntas e os políticos têm as mesmas respostas, o que é obvio. Perguntas como: senhor presidente, a frente de um de seus ministérios há pessoas denunciadas nas operações de corrupção, como o senhor avalia esta situação sabendo que um dos motivos do afastamento de Dilma pela Câmara foi por que o governo dela está envolvido diretamente com os casos comprovados de corrupção. O senhor não estaria no mesmo caminho da presidente afastada? O senhor não teria outro nome ou foi uma imposição de seu partido?”

     A livre expressão de ideias e a manifestação de pensamentos não podem ser confundidas com interesses individuais. A postura tomada pelo PSDB, após ter ajudado a derrubar Dilma, foi pensada exaustivamente pela cúpula do partido e coube ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso o voto de minerva pelo apoio ao governo Temer, do contrário seria acusado de negligência. Surge dessa forma, um governo de coalizão, mesmo assim a postura do tucano causou ciúmes em Aécio e Alckmin por Serra ter sido indicado para as Relações Exteriores, se fosse para um ministério com mais recursos e demandas urgentes, a situação estaria pior para os futuros presidenciáveis. Sobre este fato, a imprensa destinou poucas linhas em jornais e revistas que era para ser diferente, considerando os próximos dois anos na política nacional. Querem deixar Serra de lado da concorrência presidencial, entretanto, já combinaram isso com o Temer que jura de pé junto não concorrer às eleições?

     Esperamos os dias amargos e os desfechos do julgamento de Dilma para entender a lógica da sucessão. Todo governo que vai a imprensa antecipa outro que vem. Repetir notícias até a exaustão do público faz criar um ritmo que martela como fizeram os deputados ao votarem: “SIM, SIM, SIM”, e como faz Rui Falcão sobre o recebimento de dinheiro público de empreiteiras para financiar a campanha do PT e de aliados: “ Todas as nossas doações são legais, estão devidamente registradas no TSE”

     Sem querer profetizar e sem fazer ou desfazer o papel da imprensa, chegaremos ao final de 2018 com o mesmo tipo de informação, com os mesmos políticos, as mesmas perguntas, a mesma culpa do PT, Por Tudo que não PresTa. Já é hora de TEMER nas bases e de o Povo não pasSar De Burro, frente ao poder da imprensa.

Imagem Internet

2 Replies para “O Poder da Imprensa”

  1. Belíssima matéria professor Fernando. Texto impecável… obrigado pela ótima leitura e pelas informações prestadas… é sempre bom encontrar bons textos na net para ler…

  2. Avatar buritiense disse:

    Só aquele de cima para nos salvar porque aqui na terra já era.

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