Inculquei com uma palavra besta que não queria sair da minha mente hoje depois que a li em matérias em um sitio. Tal palavra me fez lembrar do seu significado que logo digo a frente, mas antes, quem nunca ouviu uma pessoa dizer “deixa eu te dá uma dica”,ou quem nunca viu ou leu em algum lugar frases tipo “dicas de moda”, “dicas de sexo” “dicas de emprego” etc., mas o que seria essa dica? Procurando no dicionário Aurélio encontramos o significado de sugestão, pista, mas a semântica desta palavra pode levar a outras circunstâncias inusitadas ou no mínimo curiosas.

             Você, isso, você mesmo que lê este texto, já se sentiu inculcado com algum vocábulo que leve a algum questionamento como este, se já parabéns, pois somos milhares? O número de pessoas que se veem a todo momento com dúvidas só cresce. Motivos para isso não faltam, a leitura pode ser uma alternativa para ajudar, assim como os dicionários, já que quanto maior o contato com palavras mais novas e fáceis elas ficam em nossa mente, mas voltando ao vocábulo DICA, podemos perceber que ele também se insere em outras áreas da ação humana, se não vejamos.

              Onde a dica pode entrar? Quando escolhemos uma roupa, um tipo de comida, um carro, um bem material. Onde a dica não entra? Na hora do voto, no casamento, no confessionário, nos desejos. A dica é inimiga da hora exata, do martelo e das coias certas. Para cada palavra nova, uma nova dúvida povoa nossa mente. Dica também pode ser uma ameaça de um para o outro. Se alguém diz “amigo, vou te dá uma dica”, a conotação sugere alerta, contenção, aviso prévio. Mas isso depende ainda de quem lê e interpreta. Toda interpretação via de regra é dupla. Quem constrói o texto faz uma seleção de palavras como faço agora, quem elabora uma lei tem a preocupação de não cair na superficialidade. Mesmo em leis há recursos, pois o outro tem o poder de argumentação.

           Em semântica não há sinônimos perfeitos. Sugestão e pista não substituem DICA na maioria dos casos, e como se fazer entendido pela falta da palavra exata que teima e não quer sair. Quando isso ocorre, recorremos às locuções, à palavra COISA, as mil e umas utilidades dos verbos TER e FAZER. Se não há palavras exatas com a devida precisão do termo, o melhor é alternar, para não cair no erro, inclusive ortográfico. Está aí uma que não inclui nada, inclusive, usamos por que então? Serve como ênfase, com a mesma função do “ou seja”, nem influi nem contribui, só enche linguiça.

          E para finalizar sem deixar de falar de como iniciei este texto, volto ao seu prólogo, ou introito, como queira, aprendi esta palavra numa apostila de lógica. Alguém me daria uma dica para continuar o que escrevo, se não tiver leitor pelo menos eu passei boa parte de meu tempo tentando, estou sem palavras, vou esperar o primeiro comentário para findar. Vou esperar as DICAS, fica a dica!!!

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