Donald Trump, o Brasil e a Era da Informação

Publicado por Gildazio em 12 novembro 2016

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     Aparentemente um fanfarrão e desacreditado da maioria dos jornais, sites e pesquisas de intenção de votos, o novo presidente da ainda maior potência do mundo, conseguiu driblar a sua adversária Hillary Clinton com ofensivas de toda ordem. Lá nos EUA  o candidato é bisbilhotado em tudo e nos mínimos detalhes, de emails a empregadas domésticas com salários atrasados. E o que teria haver a política dos nossos parceiros ianques com o nosso sistema político?

     Aqui no Brasil não é muito diferente, temos um turbilhão de pesquisas sendo desmascaradas pelos resultados das urnas. Está ficando provado que o mundo político não mais é o mesmo e que o acesso à informação de diversas fontes tem possibilitado outras visões,  isso se dá ainda pelo aumento da escolaridade e pelo interesse em discutir política tanto por  adolescentes quanto até mesmo por crianças.

     O velho bordão de que a propaganda é a alma do negócio tem enfrentado concorrentes de peso como: a mentira e  a leitura. Criar uma falsa impressão de que as coisas andam bem pode até funcionar ainda por algum tempo, mas em um futuro bem próximo a era da informação é que ditará as normas para todos e quem  controla a imprensa hoje não mais se manterá como uma verdade, pois existirão imprensas dentro de uma mesma imprensa.

     Mutos eleitores de Trump com certeza fizeram como fazem alguns do Brasil e até de Buriti dos Lopes, quando são questionados por algum entrevistador, mentem só para ver no que dá ou mesmo por vergonha como no caso de eleitores de alguns estados americanos onde Hillary tinha maioria.

     Imaginemos se Trump ainda não tivesse sido eleito e a eleição fosse amanhã, como seriam os títulos dos Tabloides americanos, ou de O globo e de O Estadão. No entanto, como já passou e, no dia seguinte às eleições, analistas políticos, agências e mercados financeiros espalhados pelo mundo estavam perplexos olhando uns para os outros procurando explicações, mas como pode. 14% eram a maioria de Hillary segundo os mais otimistas e apenas um jornal apontava o milionário com 5% na frente. O que no Brasil se chamaria para o primeiro caso de: manutenção do poder da grande imprensa atrelada aos grandes empresários e, para o segundo caso, de esquerda, PT, protesto, compra de votos, caixa dois.

     Lá e cá sofrerão mudanças. O que podemos fazer é esperar que as coisas mudem para melhor. O recado está dado. Ninguém é forte o suficiente para se sustentar por muito tempo diante dessa nova era. Os americanos estão provando o que muitas nações pelo resto do mundo já provam, uma instabilidade causada pela informação, ainda que tardia, mas verdadeira.

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