Água: garantia da Soberania Alimentar

Publicado por Gildazio em 22 março 2017

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     Na Região Nordeste, a seca já dura cinco anos, e deve se agravar ainda mais. Em Brasília, o plano de contingenciamento obriga a população a economizar  água até que as chuvas venham o suficiente para encher os córregos e amenizar a escassez. Em São Paulo, a diminuição drástica do Sistema Cantareira preocupa cerca de 8,8 milhões de pessoas. Na Região Norte, a estiagem provoca focos de incêndio que vêm se alastrando por grandes áreas de floresta.  Na Região Sul, prefeituras emitem decreto de emergência depois do longo período de estiagem.

 

     Por todo o Brasil são muitos os impactos causados pela falta ou má gestão dos recursos hídricos, ou seja, o acesso à água não é mais um problema isolado das regiões áridas, mas um dilema para todos e todas. Por isso, no Dia Mundial da Água, somos convidados (as) a fazer uma reflexão sobre a importância desse precioso líquido, sobretudo para a agricultura familiar, que a utiliza tanto para a sobrevivência como também para a produção de culturas e pastos.

 

Afinal, que valor tem um estabelecimento rural sem água?

 

     Desta forma, o precioso líquido deve ser utilizado de maneira racional, com a adoção de práticas mais sustentáveis pelos produtores (as), como a captação de água da chuva e seu reaproveitamento nas plantações; preservação das matas nativas e mananciais; práticas que não poluam os rios, suas nascentes e fontes; entre outras medidas emergenciais.

 

     Se faz também necessário uma gestão que garanta políticas públicas de desenvolvimento econômico que respeitem o direito à água para garantir a segurança alimentar e nutricional, promovendo o direito de todos (as) ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente. Respeitando dessa forma o direito humano à alimentação adequada contemplado no artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948.

 

     Portanto, é urgente uma boa gestão pública alinhada com a consciência da população do campo e da cidade, que prime pela preservação das nossas 200 mil microbacias espalhadas em 12 regiões hidrográficas do território brasileiro. Sem água não existe agricultura familiar, não se garante a segurança e a soberania alimentar, não existe VIDA!

 

FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG

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