O que vale é o “vento”! – Coluna da Major Elizete

Publicado por Gildazio em 02 abril 2019

     No piauiês, a expressão “o que vale é o vento” significa que quem manda é o dinheiro. E, infelizmente, nas eleições de 2018 essa frase caiu como uma luva.

     Os anos se passam e cada vez mais as estratégias para conseguir um lugar no legislativo ou em um cargo majoritário ficam mais audaciosas (e até cruéis!); mas, o que mais se ouviu falar na última campanha foi das cifras gigantescas que alguns políticos gastaram.

     Dizem que alguns candidatos venderam bens e pegaram dinheiro de agiotas, gastando umas cem vezes mais do que o valor que receberiam em quatro anos de mandato (se recebessem só que lhes é devido, legalmente!). Pode-se dizer que “venderam a alma ao diabo”, para comprar a cadeira.

     Nas campanhas, esses candidatos que estão dispostos a, literalmente, tudo para elegerem-se, prometem chuva ou sol, ao gosto dos que lhes ouvem; podem ser a favor ou contra qualquer assunto polêmico, dependendo da plateia, por exemplo. Suas palavras soam bem aos ouvidos de pobres desvalidos de esperança de dias melhores.

     Na verdade, pouco importa o que esses políticos falam nas reuniões… porque, na maioria esmagadora das vezes, o discurso é feito para assistentes remunerados para se fazerem presentes ao ato; alguns, sequer assimilam uma única frase, uma vez embriagados pelas bebidas “gratuitas” ou mesmo pela paixão partidária que lhes empurra goela a baixo qualquer “salvador”.

     Em 2018, embora a legislação eleitoral proibisse, para que o povo participasse das reuniões com alguns candidatos, as lideranças atraiam-no com sorteios de utensílios domésticos, como liquidificadores, ventiladores…  Infelizmente, ninguém denunciou ao Ministério Público e sequer um procedimento investigatório fora deflagrado.

     Daí, passada a eleição, as palavras foram-se com o vento. Doravante, o que importa mesmo é o interesse próprio do eleito. Trocando em miúdos, o que interessa são quais vantagens pessoais (e para os mais próximos) aquele cargo conquistado, ou melhor, comprado, pode proporcionar.

     O eleitor? Ah! Esse vendeu o direito de exigir qualquer coisa. Agora, ele é apenas um peão do jogo de xadrez que será novamente posto no tabuleiro quando uma nova partida recomeçar… no eterno ciclo vicioso da política piauiense, porque aqui “o que vale é o vento!”

 

Imagem: Internet

2 Replies para “O que vale é o “vento”! – Coluna da Major Elizete”

  1. Esse comentário é de uma grande relevância pois é a mais pura verdade, infelizmente ainda tem gente de uma mente tão medíocre sem raciocínio político, social,e antipatriota,pois a honestidade a presença de espírito amoroso está em extinção são poucas as pessoas que se preocupam com o seu próximo,pois não entendem que o progresso de um Estado está no investimento do ser humano, pois ele sendo valorizado, também dará valor aqueles que lhes deram oportunidade e não um vento que passa e a corrupção predomina causando desgraça na vida de muitos, major Elizete é essa pessoa que merece uma oportunidade,pra mostrar mudança e a diferença de uma política humana e e honesta valeu major estamos torcendo pra que na próxima eleição vc esteja na frente.

  2. Avatar CARIOLANO disse:

    Se valesse o vento apenas no Piauí, teríamos no Brasil, algum lugar em o povo seria inteligente em sua maioria. Mas no Brasil todinho, só vale o vento, a ilusão criada por palavras bonitas de efeito moral.

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