Esta semana começamos com a conquista da Copa América, em que a seleção brasileira conquistou o título de campeã pela 9ª vez.  A mídia nacional noticiou a comemoração do título realizada em um luxuoso hotel do Rio de janeiro, ao som de funk e outros ritmos nacionais.

     Parece que já estava mesmo na hora do povo brasileiro ter alguma alegria, ainda que seja essa superficial forma de contentamento momentâneo. Mas há certo receio de que essa embriaguez impeça o brasileiro de ficar atento aos acontecimentos mais importantes que estão ocorrendo em Brasília, que afetarão profundamente as nossas vidas.

     Na verdade, mesmo antes da vitória do Brasil sobre o Peru, as poucas pessoas que eu via falando sobre a reforma da previdência, por exemplo, limitavam-se a reproduzirem os argumentos levantados pelo viés político a quem pertenciam. De um lado, os bolsonaristas defendendo com unhas e dentes a necessidade premente da reforma, como se esta fosse a tábua de salvação do país; do outro, salvo raras exceções, pessoas que se diziam contra, pelo simples fato de não apoiarem algo que venha do Governo Bolsonaro.

     Mas, todas as vezes que me deparo com um desses “defensores de ideias alheias” e pergunto quais os benefícios ou os malefícios da proposta de reforma da previdência, percebo a superficialidade de conhecimento a respeito e, não tarda, a pessoa leva a conversa para o campo da política partidária.

     Tudo, pelo visto, resume-se a qual grupo pertencem, a qual “líder político” estão ligados… e o que esse “salvador da pátria” sugere!  Nessas horas, lembro-me de Zé Ramalho:

 “Oh! Oh! Vida de gado
Povo marcado
Êh! Povo Feliz!”

     Nossa gente é sempre massa de manobra, ou de um lado, ou de outro. E não vejo, em curto prazo, solução para isso. Se antes era a TV quem manipulava, agora temos as redes sociais e suas fakenews… e ganha a guerra da opinião pública aquele que melhor usar essa ferramenta atual. Lembremo-nos da conhecidíssima máxima de Joseph Goebbels, que foi ministro da Propaganda de Adolf Hitler na Alemanha Nazista: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade“.

     Eis meu maior medo!

Imagem: Internet