As chuvas que recentemente tem ocorrido em nossa cidade mostram a falta de preparo da zona urbana para enfrentar o inverno. Problema esse que não é recente. Todo ano é a mesma agonia, quando chove, as ruas ficam alagadas, o que dificulta a circulação de pessoas, além de colaborar para espalhar o lixo nas ruas e favorecer a proliferação de doenças.

     Com a ocupação desordenada de terrenos próximos a riachos, o assoreamento a muito vem sendo observado. Na madrugada desta segunda (dia 28 de fevereiro) um novo problema surgiu: a formação de crateras em áreas desprotegidas.

     Aconteceu na Rua Raimundo Nonato Gomes, próximo ao riacho camundá. Na região se encontra um açude, que não possui o chamado sangrador. Segundo moradores, quando ele enche, não há como determinar para onde a água vai escoar. Com a forte chuva de ontem, o acúmulo de água no açude fez com que ele transbordasse, passando pela parte da rua que não possui calçamento, indo em direção ao riacho.

     A força da corrente de água e a ausência de proteção natural, formou uma cratera de cerca de 5 metros de comprimento por 2 metros de largura pouco mais de 1 metro de profundidade. Ao amanhecer a população observava, impressionada, a força da natureza que marcou a terra.

Moradores da região temem que o açude possa vazar em direção a suas casas e produzir buracos ainda maiores e mais devastadores.