Uma Multidão Acompanhou a Procissão de Santa Luzia

Publicado por Elias Filho em 04 dezembro 2013

     Procissão de Santa Luzia 2013 mais uma vez reúne um multidão de devotos. Você conhece a história de Santa Luzia?

     Santa Luzia (ou Santa Lúcia), cujo nome deriva do latim, é muito amada e invocada como a protetora dos olhos, janela da alma, canal de luz.
Conta-se que pertencia a uma família italiana e rica, que lhe deu ótima formação cristã, ao ponto de Luzia ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe queria vê-la casada com um jovem de distinta família, porém pagão. Ao pedir um tempo para o discernimento foi para uma romaria ao túmulo da mártir Santa Ágeda, de onde voltou com a certeza da vontade de Deus quanto à virgindade e quanto aos sofrimento por que passaria, como Santa Ágeda.
Vendeu tudo, deu aos pobres e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Santa Luzia, não querendo oferecer sacrifício ao deuses e nem quebrar o seu santo voto, teve que enfrentar as autoridades perseguidoras e até a decapitação em 303, para assim testemunhar com a vida, ou morte o que disse: “Adoro a um só Deus verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade”.
Somente em 1894 o martírio da jovem Luzia, também chamada Lúcia, foi devidamente confirmado, quando se descobriu uma inscrição escrita em grego antigo sobre o seu sepulcro, em Siracusa, Ilha da Sicília. A inscrição trazia o nome da mártir e confirmava a tradição oral cristã sobre sua morte no início do século IV.
Mas a devoção à santa, cujo próprio nome está ligado à visão (“Luzia” deriva de “luz”), já era exaltada desde o século V. Além disso, o papa Gregório Magno, passado mais um século, a incluiu com todo respeito para ser citada no cânone da missa. Os milagres atribuídos à sua intercessão a transformaram numa das santas auxiliadoras da população, que a invocam, principalmente, nas orações para obter cura nas doenças dos olhos ou da cegueira.
Diz a antiga tradição oral que essa proteção, pedida a santa Luzia, se deve ao fato de que ela teria arrancado os próprios olhos, entregando-os ao carrasco, preferindo isso a renegar a fé em Cristo. A arte perpetuou seu ato extremo de fidelidade cristã através da pintura e da literatura. Foi enaltecida pelo magnífico escritor Dante Alighieri, na obra “A Divina Comédia”, que atribuiu a santa Luzia a função da graça iluminadora. Assim, essa tradição se espalhou através dos séculos, ganhando o mundo inteiro, permanecendo até hoje.

     Luzia pertencia a uma rica família de Siracusa. Sua mãe, Eutíquia, ao ficar viúva, prometeu dar a filha como esposa a um jovem da Corte local. Mas a moça havia feito voto de virgindade eterna e pediu que o matrimônio fosse adiado. Isso aconteceu porque uma terrível doença acometeu sua mãe. Luzia, então, conseguiu convencer Eutíquia a segui-la em peregrinação até o túmulo de santa Águeda ou Ágata. A mulher voltou curada da viagem e permitiu que a filha mantivesse sua castidade. Além disso, também consentiu que dividisse seu dote milionário com os pobres, como era seu desejo.
Entretanto quem não se conformou foi o ex-noivo. Cancelado o casamento, foi denunciar Luzia como cristã ao governador romano. Era o período da perseguição religiosa imposta pelo cruel imperador Diocleciano; assim, a jovem foi levada a julgamento. Como dava extrema importância à virgindade, o governante mandou que a carregassem à força a um prostíbulo, para servir à prostituição. Conta a tradição que, embora Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos conseguiram levantá-la do chão. Foi, então, condenada a morrer ali mesmo. Os carrascos jogaram sobre seu corpo resina e azeite ferventes, mas ela continuava viva. Somente um golpe de espada em sua garganta conseguiu tirar-lhe a vida. Era o ano 304.
Para proteger as relíquias de santa Luzia dos invasores árabes muçulmanos, em 1039, um general bizantino as enviou para Constantinopla, atual território da Turquia. Elas voltaram ao Ocidente por obra de um rico veneziano, seu devoto, que pagou aos soldados da cruzada de 1204 para trazerem sua urna funerária. Santa Luzia é celebrada no dia 13 de dezembro e seu corpo está guardado na Catedral de Veneza, embora algumas pequenas relíquias tenham seguido para a igreja de Siracusa, que a venera no mês de maio também.

BIOGRAFIA DE SANTA LUZIA, VIRGEM E MÁRTIR

Festa 13 de dezembro

     Luzia ou Lúcia, nasceu em Siracusa, ilha da Sicília, era de família nobre, muito bela. Conta-se que seus olhos eram tão lindos que encantavam os rapazes. Não faltavam-lhe pretendentes.
     Luzia viveu mais ou menos entre os anos 283-304, Séc. IV, d.C durante o reinado do tirano, Imperador Dioclesiano.
De família nobre e cristã, muito prendada, desde cedo tinha decidido consagrar sua vida ao Senhor e assim, fez votos de virgindade perpétua.
Luzia recebeu um dote milionário para seu casamento. Após a morte de seu pai, sua mãe lhe prometeu a um jovem, nobre, porém pagão.
Luzia prometeu que iria refletir sobre o casamento, mas decidiu optar por seus fotos de fidelidade a Nosso Senhor.
     Sua mãe, Eutíquia, tinha sofrido uma grave doença. Luzia conseguiu convencê-la a ir ao túmulo de Santa Ágeda, de onde, milagrosamente voltou totalmente curada. Então Eutíquia aconselhou e aprovou que a filha mantivesse seu voto de virgindade.
Quem não conformou com isso foi seu noivo. Que enfurecido denunciou Luzia ao Imperador Dioclesiano que a levou a julgamento.
Uma lenda, conta-se que Luzia arrancou seus olhos, colocou em uma bandeija e os entregou ao noivo, que tinha antes fascinado pela beleza deles,  mas em vez de ficar cega, no mesmo instante surgiram outros olhos mais belos do que os de antes.
Verdadeira ou não, foi daí que surgiu a tradição de invocá-la como a protetora contra os males da visão.
Dioclesiano interrogou Luzia, que não negou sua fé. Pelo contrário, afirmou sua vida de  consagração a Jesus Cristo e sua fidelidade à Santa Madre Igreja.
Tendo sido obrigada por Dioclesiano a adorar os deuses falsos, Luzia se recusou dizendo  essa frase heróica: “Adoro somente meu único Deus e Senhor e a Ele prometi fidelidade e amor!”
Foi então levada pelos carrascos a um prostíbulo, como castigo pelo seu voto de virgindade. Mas sendo forçada, dez homens não tinham forças para levantá-la do chão. Decidiram matá-la ali mesmo.
Os carrascos então jogaram-lhe azeite fervendo, mas Luzia saiu ilesa. Somente um golpe de espada que lhe deram na garganta foi capaz de matá-la. Era o ano de 304 d.C.
(Por isso Santa Luzia também é invocada como defensora contra os males da garganta).

     Desde o século IV, ela é invocada como Santa. Em 1894, seu martírio foi confirmado após a descoberta de uma inscrição sobre seu túmulo em Siracusa, e cuja trazia sobre ele uma inscrição em grego antigo falando sobre a sua morte.
Em 1039, época das cruzadas e das invasões mulçumanas, com o desejo de proteger as relíquias da santa, um general bizantino pediu que fossem trazidas para a cidade de Constantinopla seus restos mortais;  hoje se encontram na Catedral de Viena, e algumas outras relíquias na Igreja de Siracusa.
Santa Luzia é uma santa de devoção popular, assim como muitos outros. Os santos não são deuses, não devem ser adorados. Mas devem ser venerados, isto é, ao lermos sobre a vida de um santo(a), percebemos algo mais. O que levaram esses homens e mulheres a uma coragem e uma firmeza heróica de sua fé, a ponto de resistirem ao sofrimento e dar a sua vida por amor a Cristo. Uma das coisas que os santos nos ensinam é a vivência das virtudes teologais: a fé, esperança e a caridade. Sem elas é impossível viver a santidade. Os santos foram gente como eu e você, com limitações humanas.
Não nasceram santos, mas, eles buscaram seguir e viver ao máximo a palavra de Deus. Foram discípulos e missionários de Jesus. Muitos pregaram o Evangelho com sua própria vida.
Uma das coisas que mais devemos imitar nos santos é que, eles nunca renegaram sua fé em Jesus Cristo e na Igreja. Pelo contrário, ambos estiveram sempre juntos.
Os santos nos dão testemunho de que vale a pena buscar a santidade. Luzia também se espelhou em santos da sua época. Tanto que levou sua mãe enferma até o túmulo de Santa Ágeda para pedir sua intercessão, e conseguiu.
Talvez no mundo de tantas crenças religiosas, vem nos ofuscar a Luz da Igreja e a nossa fé em Jesus. Mas devemos sempre nos espelharmos nos santos que nunca desistiram. Mesmo enfrente a dor, a angústia, a perseguição e a outros caminhos que nos distanciam, devemos ser firmes às nossas convicções.
O livro dos Atos dos Apóstolos nos diz que os Apóstolos, quando eram presos e chicoteados, mesmo sentido as dores do castigo, não renegavam sua fé, pelo contrário, saiam de lá louvando e bendizendo a Deus a ponto de intrigar seus perseguidores. Quando estamos do lado de Jesus não tememos o perigo, nem poderes, nem outro tipo de perseguição ainda que eles nos levem à morte. São Paulo escreve para nós esta frase: “Para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro!” – ele nos ensina que, se estamos com Cristo nada pode nos separar de seu amor: “Quem nos separará do amor de Cristo? se Ele é por nós quem será contra nós?”
Essa mesma firmeza Luzia teve, ela renunciou sua riqueza para viver uma riqueza maior, Jesus Cristo. Seguindo as mesmas palavras de Jesus que nos diz em em Evangelho: “Ajuntai para vos tesouros no Céu, onde a ferrugem não corrói e a traça não come!”
Os santos são esses exemplos. De nada adianta ter devoção a um santo, se não conhecermos a sua vida e não imitarmos suas virtudes.
Ao estar diante da imagem (ou retrato) de um santo(a), devemos ir mais além do que aquela estátua representa. Devemos buscar a essência que levou aquela pessoa à santidade.
O santos não fizeram tudo certinho em sus vidas, mas eles foram modelando os seus corações, seus pensamentos e ações no coração amoroso de Jesus. E passaram a viver as Bem-Aventuranças que Jesus tanto pregou, vivendo em sua pobreza a riqueza do amor para com Deus e a Igreja.
Hoje o que vemos é o contrário, as pessoas querem ser santas se desligando da verdadeira Igreja de Cristo e ainda mais, buscam dar um jeitinho como Jesus e sua Palavra pudesse ser manipulada a seu favor. Outros porém nem tentam porque se acham indignos de buscar essa santidade, são covardes na fé, “escondedores  de talentos”, outros ainda não buscam viver o que a Igreja pede e até por ajuda de alguns céticos se  desviam da fé e do caminho da salvação.
Por isso, olhar e refletir sobre a história dos santos nos ajuda a contribuir com o nosso relacionamento para com Deus. Outra beneficialidade que os santos nos proporciona é que, os seus testemunhos de vida nos ajuda a reanimar a nossa coragem e a nossa fé. As orações que fazemos aos santos (as) eles as apresentam diante de Deus, mas a graça de alcançá-las só tem eficácia verdadeira se a nossa fé mudar para melhor. Se nosso desejo for realmente buscar viver o Evangelho de Cristo, à luz dos exemplos dos santos possamos cada dia mais buscar Jesus. Principalmente Jesus na Eucaristia.
Que Santa Luzia nos ajude a sermos boas testemunhas para o reino de Deus. Que ela nos mostre a luz para nunca nos desviarmos do propósito de servir a Deus. Que ela nos inspire a cada vez doar nossa vida em favor dos irmãos.

Uma respota para “Uma Multidão Acompanhou a Procissão de Santa Luzia”

  1. Avatar valdirchaves disse:

    PARABÉNS AO PORTAL POR ESSA LINDA NARRATIVA SOBRE SANTA LUZIA,ESSA SIM DEU TODO O SEU AMOR AO NOSSO PAI CRIADOR,JESUS CRISTO NOSSO SALVADOR.

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