A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores (as) Familiares do Estado do Piauí (Fetag-PI), em parceria com os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, realizou nesta terça-feira (23), o 21° Grito da Terra Piauí. O evento contou com a participacão de 3 mil trabalhadores (as) rurais dos 224 municípios do estado, a Diretoria Ampliada da Fetag-PI, Assessores, Secretária de Jovens da Contag, Mazé Morais, Segundo Vice-Presidente da FETAG-RS e Secretário Nacional de Política Agrícola e Agrária da CTB, Sérgio de Miranda,  dentre outras lideranças sindicais e representantes do governo do estado, de órgãos e instituições estaduais.

     Os agricultores e representantes sindicais do interior do estado se concentraram inicialmente em frente à Assembleia Legislativa do Piauí- ALEPI. Após a fala das lideranças na abertura oficial do Grito, os manifestantes seguiram em caminhada rumo a Praça Pedro II, onde ocorram diversos diálogos entre os órgãos governamentais e o MSTTR. Nesta edição foi trabalhado o tema: “Democracia Sim, Retrocesso Não, Das Nossas Conquistas Não Abrimos Mão!”.

     As propostas da pauta estavam relacionadas com a questão dos Direitos Sociais, Previdenciários e o Trabalho Digno; a Justa Regularização Fundiária; Pela Defesa da Vida, o Fim da Violência Contra a Mulher; a Luta pela Agricultura Familiar, Agroecologia, Economia Solidária e Segurança Alimentar.

     O Grito da Terra Brasil e Piauí é uma ação anual e de mobilização nacional do movimento sindical rural brasileiro, organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), as Federações e os Sindicatos. Tradicionalmente o Grito da Terra ocorre com negociações das reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras durante manifestação, seja ela unificada em Brasília-DF ou simultânea nos estados. Mas, este ano a estratégia se deu através de comissões representada pela Federação, Polos Sindicais e Assessoria, representando os agricultores e agricultoras familiares em audiências com diversos órgãos estaduais e federais, a exemplo do: INCRA; Defesa Civil; Supres/Segov; Interpi; INSS e o Governador do Piauí, Wellington Dias.

     “É necessária à implantação de novas políticas públicas voltadas para a assistência aos trabalhadores (as) que sofrem com a seca no semiárido piauiense. Muitos trabalhadores estão perdendo animais por falta de água e de alimento para seus rebanhos e também falta para o consumo humano. Precisamos de uma política de convivência, para que essas pessoas possam permanecer no campo com qualidade de vida”, afirmou a Presidente da Fetag-Pi, Elisângela Moura.

Fonte: Fetag-Pi