Mi mi mi: a quem interessa essa expressão?!

Publicado por Gildazio em 08 fevereiro 2019

     Em pouco mais de um mês, o novo governo federal, através de decisões de seus ministros, tem protagonizado algumas celeumas que dividem opiniões.

     Eu mesma, em minhas redes sociais, postei algumas críticas contundentes em relação ao pronunciamento do Ministro da Educação, em que o colombiano Vélez taxa o brasileiro de “canibal” ao viajar para o exterior, ocasiões em que “rouba toalhas de hotéis e até assento de avião”. Como amo minha nação, senti-me extremamente ofendida com tais expressões e manifestei meu incômodo na net. Em outro episódio, a Ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, a pastora Damares, em efusiva comemoração apos sua assunção, afirma que agora viveremos uma “nova era”, em que “menina veste rosa e menino veste azul”… e, novamente, não me contive, defendi o direito de cada um viver conforme o que melhor lhe convém, em um post descontraído dizendo que só visto rosa às quartas-feiras, referindo-me a uma icônica frase do filme adolescente Meninas Malvadas (“Às quartas, vestimos rosa!).

     Pronto, foi a deflagração de uma guerra virtual! Viralizou … e fui parar em um site nacional! Um alcance de mais de 4 milhões de visualizações, 126 mil curtidas, 35 mil compartilhamentos… e os mais de 17 mil comentários polarizaram-me entre os que concordavam e os que discordavam de minha opinião.

     Mas a questão é que as pessoas que não concordam com o que defendemos, estão cada vez mais agressivas e intolerantes…e nem sequer se dão conta de que estamos só, e tão somente, exercendo nosso direito de opinar. Pior que isso, seja o que for que falemos, se é um discordância do que é posto pelo novo governo, é imediatamente rechaçado como mero “mi mi mi”.

     Ocorre que, hoje, basta que discordemos de qualquer ato do governo Bolsonaro que já nos impelem a condição de lulista, ou esquerdista, ou algo análogo. Até parece que continuamos em campanha eleitoral, numa espécie de 3º turno! Devemos entender que agora não há mais lado de cá e de lá, porque o governo é nosso e as suas decisões afetarão a todos nós!

     Mas, a quem interessa que tudo seja visto dessa forma?

     De fato, seria muito melhor para qualquer governo que ninguém ousasse discordar. Seria maravilhoso, para um governante, não ver questionadas quaisquer de suas decisões. Melhor, mesmo, para eles, seria voltar aos velhos tempos em que apenas os meios de comunicação em massa emitiam as suas opiniões e o povo brasileiro não tinha como esboçar qualquer reação que ecoasse, não é?! 

     Pois eu decidi correr o risco e não me furtarei ao direito (que ainda temos) de expor o que penso e o que defendo. E, lógico, não irei agradar a todos, porque nem Jesus Cristo o fez!!

     E respeitarei cada opinião contrária, praticando a tolerância e respeitando esse direito constitucional de liberdade expressão; nessas ocasiões, direi a célebre frase atribuída a Voltaire, “Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até o último instante seu direito de dizê-la.”

 

 

COLUNA DA MAJOR ELIZETE LIMA

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