A Pandemia nos Fez Parar!
Publicado por Gildazio em 18 maio 2020Quem diria que Paris, New York, Tokyo… São Paulo… iriam literalmente parar?
No início da pandemia causada pelo coronavírus, quando algumas medidas restritivas começavam a ser adotadas pelos governos estaduais e municipais, eu não tinha me apercebido, ainda, da magnitude do problema que enfrentaríamos; imaginei que seriam no máximo uns dias, talvez algumas semanas…mas os dias foram se passando e já ultrapassamos 2 meses; pior que isso, não há sequer previsão para o retorno à normalidade!
Uma doença até então desconhecida começou a se espalhar rapidamente pelo mundo afora, com sintomas muito parecidos com os da gripe. Talvez por isso mesmo o Presidente da República tenha feito essa equiparação, algumas vezes, minimizando os efeitos que podem levar à morte. E, de fato, muitas pessoas vieram a óbito em virtude das complicações causadas pelo vírus!
A grande questão levantada pelos governantes, ao adotarem a medida de isolamento, é que o sistema de saúde não conseguiria suportar um número grande de pacientes, porque não temos, suficientes, os famigerados “respiradores”, equipamentos que auxiliam na respiração quando os pulmões estão muito comprometidos. Então, segundo prefeitos e governadores, precisa-se de “tempo”para equipar o sistema para atender a, quase certa, demanda.
E aí vieram as disputas de opinião sobre se seriam ou não adequadas as medidas adotas, uma vez que, com o isolamento, veio o desemprego e a fome tem batido à porta de muitos brasileiros: Saúde X economia.
Mas o fato é que precisamos evitar que o coronavírus circule e contamine mais pessoas… e também não podemos deixar milhares de empresas falirem, porque os prejuízos vão muito além do que se pode imaginar!
O mais interessante nisso tudo é observar o comportamento das pessoas, que se dividem conforme sua própria necessidade. Eu mesma, no início, considerando que sou funcionaria pública e meu salário está assegurado no fim do mês, fui das primeiras pessoas a engrossar as fileiras do “fique em casa”. Ocorre que, naquele momento, não me apercebi, nem me lembrei, que alguns nem casa têm!! Outros… precisam ganhar uns trocados de manha para comprar o que comer à tarde…!
Minha “ficha caiu” mesmo quando minhas redes sociais foram invadidas por pedidos de ajuda… e então não pude conter as lágrimas porque, embora tenha feito algo, não conseguiria, jamais, dar cabo de tanta necessidade, de tanta gente!!
O Governo Federal, graças a Deus, passou a conceder o auxílio emergencial, que ajudou muitos dos que conheço a aliviar a situação. E as correntes de solidariedade foram ficando cada vez mais fortes, e tenho presenciado, todos os dias, ações sociais que são de encher os olhos… e o coração.
Nesses tempos difíceis, o alento é perceber que a solidariedade ainda nos permite sonhar com uma sociedade menos injusta… e mais fraterna! Porém, embora o otimismo me seja uma característica peculiar, preocupo-me demasiadamente com os rumos que essa pandemia pode nos levar. E me pergunto: quando tudo isso vai acabar?!
Imagem: Internet